Campo Grande, Jardim, Ponta Porã e Dourados são as cidades sul-mato-grossenses que já receberam refugiados venezuelanos, trazidos pela força-tarefa humanitária apoiada por Martins e pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
De formação mórmon, Carlos Wizard Martins se tornou bilionário após vender a rede de escolas de idiomas Wizard, em 2013. No ano passado, ele se mudou com a mulher de São Paulo para Boa Vista (RR), com a missão de ajudar os refugiados venezuelanos a ter a chance de vida nova em cidades brasileiras.
Em Dourados, a 233 km de Campo Grande, a rede humanitária de Carlos Martins já instalou pelo menos 700 venezuelanos. O principal aliado do empresário na missão é o bispo Maikon Ferreira, 35, natural do Rio Grande do Sul.
Maikon viaja constantemente para Roraima e ajuda na seleção dos venezuelanos que vêm trabalhar em Dourados. Em março deste ano, ele acompanhou de Boa Vista a Mato Grosso do Sul o voo da interiorização trazendo 123 venezuelanos, atualmente morando e trabalhando na segunda maior cidade do Estado.
Maikon contou como começou a ligação entre ele e Carlos Wizard Martins para ajudar os refugiados venezuelanos.
“Tudo começou em novembro do ano passado. Foi ele que me apresentou para essa necessidade de ajudar os refugiados. Aqui em Dourados eu recebi duas famílias e demos todo o suporte. Aí recebi uma ligação da Seara [indústria de alimentos] perguntando se eu fazia parte de algum projeto. Foi aí que passei o contato do Martins para a gerente e eles elaboraram junto com o Exército a força-tarefa de acolhida em Dourados, da qual faço parte desde o inicio”, conta o bispo Maikon.