A abertura do inquérito foi publicada no Diário Oficial do MPF de quinta-feira (16), assinada pelo procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva.
A investigação deriva de notícia de fato representada por grupo de deputados federais do Psol. Os parlamentares questionam a liberação de aproximadamente R$ 440 milhões em emendas no dia em que o texto-base da reforma foi aprovado no plenário da Câmara.
Na semana em que o segundo turno da votação foi concluída, Bolsonaro apresentou projeto para remanejar R$ 3 bilhões do orçamento para atender demandas de parlamentares. A proposta foi aprovada.
Para o grupo psolista, a liberação de emendas configuram compra de votos do governo federal para conseguir passar a matéria.
Segundo o MPF, em geral, um inquérito civil é instaurado quando o procurador tem indícios fortes de que um direito coletivo, social ou individual foi lesado ou sofre risco de lesão. O fato narrado pode gerar ação civil pública.
A reportagem tentou contato com Mandetta, via ligação, mensagem e assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia tampouco se manifestaram em suas redes sociais sobre a investigação.