O novo prefeito de Camapuã Manoel Nery concedeu entrevista
exclusiva ao Canal MS para falar sobre os assuntos que mais interessam a
população. Manoel é natural de Iretama, Paraná, formado em agronomia e tem 49
anos de idade. Na entrevista ele reafirmou seu compromisso com todas as áreas, em
especial, com saúde e moradia e área rural. Confira!
Quais as primeiras ações o senhor
está realizando como prefeito de Camapuã? Sonhamos estar aqui e foi uma decisão pessoal. Mas
precisava passar pelo crivo da população. Na segunda tentativa deu certo e agora
iniciando os trabalhos. A demanda é grande e estamos trabalhando bastante. Todos
os dias eu chego à prefeitura umas 6h da manhã e só vou embora umas 20h.
Estamos atribulados, mas iniciando uma boa administração.
Ao assumir a administração, qual a
situação atual da prefeitura? Assumimos a prefeitura no melhor momento do ex-prefeito
Delano. Apesar da pandemia, em 2020 Camapuã teve uma arrecadação muito boa e
isso fez com que ele conseguisse realizar no ano passado uma série de obras. Agora,
estamos assumindo a obrigação de terminar essas obras e iniciar a administração
com a cidade em uma estágio melhor do que ele recebeu quando assumiu há 4 anos.
Como estão os equipamentos e
maquinários?
Esta é uma
das demandas que ele (Delano) não conseguiu sanar. Mas estamos na expectativa
de receber do Ministério da Agricultura alguns maquinários, o que já está em
processo, e acreditamos que até o meio do ano receberemos estes maquinários
novos. Através do Governo do Estado, também tem um projeto de entrega de kit de
maquinário para cada município. É o que foi transmitido pelo governador
Reinaldo Azambuja.
Um dos gargalos de todos os municípios
do país é a saúde. O senhor já entrou na prefeitura trabalhando nesta área. O
que pretende fazer? Sim.
Recebemos a saúde com um pouco de estoque de medicamentos na farmácia básica,
que deve atender a demanda deste mês e do mês de fevereiro e já estamos
organizando uma nova licitação. Precisamos também organizar a licitação dos
medicamentos que são judicializados. São duas licitações separadas. Vamos licitar
e não deixar mais acabar os medicamentos. Esse é nosso compromisso.
Com relação ao hospital, ele sempre
foi “uma pedra no sapato” da administração municipal. O que o senhor pretende
fazer? Primeiro
precisa acontecer a troca da diretoria, pois a atual já cumpriu os dois
mandatos permitidos. Existe uma única chapa e quem deve assumir a direção do
hospital é o Leandro da Pinesso. Nós pretendemos manter o mesmo valor do ano
passado para o convênio, que é de R$ 160 mil por mês. A eleição vai acontecer
nos próximos dias e a partir disso, vamos sentar com a nova diretoria para
organizar esse convênio. Acreditamos que esse recurso seja suficiente para manter
a unidade. Já para a realização das cirurgias eletivas, que estão paradas
devido à pandemia, talvez seja necessário fazer uma suplementação, o que ainda vamos
avaliar. Além disso, estamos com esperança de voltar logo às atividades normais
em toda a cidade, assim que sair a vacina do Coronavírus. Por isso, uma das
coisas que solicitamos de imediato foi a habilitação do município para comprar
em torno de 5 mil doses da vacina caso seja necessário. O objetivo é atender os
grupos de risco para que Camapuã possa voltar o mais rápido possível para a
normalidade.
E quais os planos para a zona rural? Pretendemos fazer uma ótima
administração na área rural, mas para isso temos que adquirir maquinário novo,
seja com a ajuda do Estado ou por meio de outras parcerias. Isso está no nosso
plano de governo e vamos ser atenciosos com área rural. A zona rural era um gargalo do governo
anterior, até porque não tinha maquinário. Mas com o maquinário que temos já
iniciamos o atendimento na estrada do Postinho do Mané Torto, onde há
agricultura e pecuária de corte e os pecuaristas precisam retirar os animais
para abate. Foi solicitado por eles esse trabalho e iniciamos a ação, que é
paliativa, passando a patrola para melhorar a via.
Com relação à assistência social, existem
diversas pessoas que dependem do poder público. Já foi feito algum levantamento
sobre isso? Como o
Governo Federal estava destinando o Auxílio Emergencial para a população
carente, a assistência social no município vinha com uma certa tranquilidade de
maneira geral, já que quem estava escrito no programa, não estava precisando receber
cesta básica do município. Mas com a finalização do auxílio no mês de janeiro,
já está havendo um aumento dessa demanda. Temos um pouco de cestas básicas que
foram licitadas no governo passado e algumas que chegaram no começo do mês. Nosso
objetivo é fazer um recadastramento organizado das famílias para poder realizar
os atendimento dentro necessidade que realmente precisa. O que for necessário
vamos fazer.
Com relação à moradia, o que o senhor
pretende fazer para sanar o déficit existente hoje? Apesar desses poucos dias à frente da
prefeitura, já estivemos na Caixa Econômica para conversar sobre alguns
convênios que existem, relativos à pavimentação asfáltica,
e aproveitamos para falar sobre moradia. A Caixa nos mostrou um vasto estudo
sobre moradia e afirmou que tem recurso para a construção de casas. Hoje aqui em
Camapuã estão sendo construídas 8 residências, iniciadas pela administração
passada. Estamos terminando essa construção e a de mais 10 bases de casas, que
serão entregues para que a pessoa contemplada finalize a obra. Nesse projeto a Agehab
financia a cobertura ao proprietário. Estivemos também com representantes da
Agehab falando sobre isso e eles afirmaram que tem condições de disponibilizar
mais algumas casas, tanto para quem já tem o terreno, com custo zero para o
proprietário, quanto nesse outro projeto, onde é feita só a base da casa.
Paralelo a isso, temos um terreno ao lado do Monumento Cristo Redentor, onde estamos
avaliando a possibilidade de construir um novo conjunto habitacional.
Pretendemos iniciar de imediato esse projeto e já estamos de olho em outras
áreas para poder construir mais casas. É importante fazer isso no início da
administração para concluir os projetos até o final.
Com relação ao emprego, muito se
falou em frigorífico. Vieram recursos federais e nada foi feito. O senhor tem
algum projeto para isso? O maior projeto de emprego que uma prefeitura pode ter é fazer os
serviços públicos funcionarem para que assim, as empresas que tenham condições
financeiras de investir dentro do estado, vejam as oportunidades de instalar
nos municípios um empreendimento e gerar mais empregos. Esse é nosso objetivo,
oferecer saúde, educação, saneamento básico e todos os outros serviços com
qualidade, atraindo, com isso, empresas para o município. Também pretendemos
fazer parcerias com os comerciantes locais para desenvolver o Programa Primeiro
Emprego, garantindo oportunidade para os jovens e gerando renda para nosso
município.
Para finalizar, o que o senhor tem a
dizer à população ao assumir a prefeitura de Camapuã? Mais uma vez agradeço a população que
me concedeu essa oportunidade e está confiando no nosso projeto para Camapuã. E
pedimos um pouco de paciência, pois nunca fomos prefeito e estamos iniciando
com uma nova equipe, mas que está com bastante vontade de trabalhar. Estamos
com as melhores intenções e podem ter certeza que vamos fazer uma excelente
administração. Para isso contamos e precisamos da colaboração dos funcionários
concursados e dos nomeados, para fazer uma ótima gestão, uma ótima administração,
a contento da população de Camapuã.