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Campo Grande,17/05/2025

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Lula retorna ao Brasil sob pressão por crise no INSS e desgaste interno


Lula retorna ao Brasil sob pressão por crise no INSS e desgaste interno

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ao Brasil nesta sexta-feira (17), após compromissos internacionais na Rússia, China e Uruguai, enfrentando um novo cenário de instabilidade política. A crise provocada pelos descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) reacendeu pressões sobre o governo, que agora se vê ameaçado pela possível instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) no Congresso Nacional.

Além do escândalo, Lula precisa administrar tensões internas em sua base aliada e entre ministros do próprio governo, em um momento delicado para sua popularidade. Segundo aliados, pesquisas internas indicam que o esforço para recuperar a imagem presidencial foi neutralizado pelo impacto negativo dos últimos acontecimentos.

Repercussão política e racha interno

Durante a viagem à China, um vazamento de conversa entre Lula, a primeira-dama Janja e o presidente Xi Jinping sobre a rede TikTok gerou desconforto. Lula ficou irritado com o episódio e demonstrou desconfiança entre os próprios ministros, segundo fontes da comitiva. O presidente teria proibido qualquer desembarque durante escala na Rússia como medida preventiva a novos vazamentos.

O ministro Rui Costa (Casa Civil), apontado como principal suspeito de repassar a informação à imprensa, queixou-se da falta de lealdade interna. A crise expôs disputas já existentes no governo, especialmente entre Costa e o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius de Carvalho, sobre a condução da investigação do caso INSS.

CPMI à vista e articulação no Congresso

Mesmo com resistência do Palácio do Planalto, parlamentares da base e da oposição já se movimentam para instalar a CPMI do INSS. Diante da iminência da comissão, aliados do governo começaram a articular estratégias para ampliar o escopo das investigações e incluir gestões anteriores, como a de Jair Bolsonaro (PL), na linha de apuração.

Na última sexta (16), Lula reuniu ministros do núcleo político do governo para discutir a crise. Estiveram presentes Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Secom), Wolney Queiroz (Previdência) e Jaques Wagner (líder do governo no Senado).

Base fragilizada e impasses com o Centrão

A tensão com o Congresso também aumentou devido a atrasos no pagamento de emendas parlamentares e à insatisfação de deputados com a falta de entregas do governo. A possível nomeação de Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência, em substituição a Márcio Macêdo (PT), ampliou o mal-estar com o Centrão, que vê na escolha um aceno à esquerda e uma ameaça à coalizão com partidos de centro.

Líderes do Centrão reclamam da dificuldade de diálogo com o Executivo e alertam que a decisão pode enfraquecer ainda mais a base governista no Congresso, dificultando votações de projetos considerados estratégicos, como a proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil.




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