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Campo Grande,29/09/2025

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Começou: Ecossistema Dakila inicia obras na antiga rodoviária

Grupo tem o desafio de modernidade mantendo a história


Começou: Ecossistema Dakila inicia obras na antiga rodoviária

Um prédio antigo, histórico e cheio de lembranças. Para quem passa apressado, pode parecer apenas mais uma obra em meio a tantas que acontecem em Campo Grande. Mas, ao entrar pelo corredor central, as memórias ganham vida — apesar do barulho das máquinas e do vai e vem dos trabalhadores, a antiga rodoviária caminha para uma nova identidade.

As obras nas salas adquiridas pelo Ecossistema Dakila tiveram início e seguem em ritmo acelerado.
O espaço será preparado para receber diversas empresas do grupo, como BDM Digital, Café com Você, Kion Cosméticos, 067 Vinhos, Allola Restaurante, Zigurats Materiais de Construção, Merkadores, entre outras.

O arquiteto responsável pelos projetos do Ecossistema Dakila, David Oliveira, explica que, nesta primeira fase, cada sala é uma caixinha de surpresas. Os locais guardam objetos históricos que resgatam parte da memória do prédio, além de salas cruas, ou seja, que não foram mexidas, e outras que necessitam de vários tipos de reforma.“A ideia hoje é revitalizar todas as lojas trazendo uma modernidade e o que temos de melhor no mercado. O prédio foi inaugurado em 1974, então, muitas lojas não tem uma iluminação e uma ventilação corretas e o principal: ar-condicionado. Estamos trabalhando em oito salas simultaneamente e acreditamos que na primeira quinzena de outubro tenhamos pelo menos três salas modelos prontas. Com a revitalização, as pessoas que entrarem aqui terão uma visão diferenciada e possam retornar e ver com bons olhos o que está sendo feito. A ideia é fazer com que o prédio fique extremamente comercial e atrativo”, afirma.

O mestre de obras João Pequeno de Sousa encara o desafio com coragem e esperança de que a revitalização traga prosperidade aos comerciantes que permaneceram firmes no local.

“Além do trabalho que estamos realizando esperamos trazer mais movimento para a rodoviária. Esse é um cartão postal da cidade e vai gerar renda para muita gente. Tem pessoas que estão aqui há quarenta anos, não foram embora e estavam praticamente sem esperança e sem de voltar a funcionar e agora estão animados, pensando em arrumar suas lojas. Pra mim é um orgulho estar realizando sonhos!”

Saul Danielson, relojoeiro tradicional da antiga rodoviária, é um desses exemplos. Ao entrar em sua loja, é como reviver os anos de intenso movimento do terminal. Na parede, três relógios permanecem intocáveis: suas relíquias pessoais. Ele mantém uma clientela fiel desde 1983 e afirma que resistiu ao tempo e às mudanças por pura insistência. Saul acredita que a revitalização escreverá novos capítulos para a rodoviária.

“A gente sente saudade daquela época. Eu acredito que agora vai dar uma melhorada boa, eu acredito que muitas pessoas que frequentavam aqui vão falar para os filhos, para os netos e terão a curiosidade de vir aqui conhecer o nosso prédio. Esse é um prédio que tem um grande potencial, por ter espaço amplo, bem ventilado e na área central. Nós temos o privilégio de ter um prédio histórico. Aqui está ficando muito bonito e os clientes serão muito bem-vindos”, ressalta.Outro comerciante resistente é José Esperidião Abdo Assad, proprietário da Lanchonete do Zé. Há vinte e sete anos, já presenciou incontáveis situações. Sofreu com o fechamento do terminal e a pressão para encerrar as atividades, mas nunca cedeu. “Quero que as pessoas vejam o lado bom do local”, pediu ele à nossa equipe.

Durante todos esses anos, não fechou um único dia. Na pandemia, manteve as portas abertas, alimentando quem precisava e garantindo seu próprio sustento. Com o andamento das obras, uma esperança de dias melhores se acende no olhar de um homem muito trabalhador que não pensa em deixar o lugar que guarda seu labor e suas lembranças.

“Eu acredito que vai melhorar, terá mais policiamento, gente nova. Vai ficar tudo arrumadinho, vai ser tudo novo e a gente espera que as pessoas venham pra cá”, comemora.Apesar do “abandono” por tanto tempo, a dignidade dos trabalhadores permanece viva. O início das obras dos empreendimentos da Dakila marca um novo momento não apenas para o grupo, mas também para os comerciantes que permanecem ali.

Projetando o futuro e buscando o melhor para os clientes, Urandir Fernandes de Oliveira, CEO do Ecossistema Dakila, afirma que a modernidade e o conforto são importantes, porém respeitar as memórias afetivas da população e dos comerciantes que permanecem no local é indispensável.

“Com essa ação buscamos nos aproximar ainda mais da comunidade, além de gerar emprego e renda. Nós de Dakila temos a preocupação por meio dos nossos trabalhos e pesquisas do resgate e preservação da história. A comunidade campo-grandense pode ficar tranquila porque, mesmo com a reforma, buscaremos manter as características históricas desse prédio para Campo Grande”, destaca.

Redação: Impacto Dakila 

Por: Mirtes Ramos

Fotos: Rogério Alexandre Zanetti




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