Com apenas quatro anos, a filha de Camila Rodrigues sofreu um afogamento no dia 30 de agosto e precisou ficar entubada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa de Campo Grande por quase um mês. Na última terça-feira (23), uma alegria: a menina melhorou e subiu par o quarto. No entanto, nenhum médico teria ido examiná-la até a manhã desta segunda-feira (29). “Só as enfermeiras viam ela”, explica a mãe.

Após seis dias de agonia e desespero, a mãe decidiu entrar em contato.  Segundo ela, apenas depois disso os cuidados mudaram no hospital. “Veio a chefe da médica aqui. Conversou comigo e com todas as mães, disse que vai tomar as medidas cabíveis porque isso não pode acontecer”, relata Camila. Antes disso, nem mesmo as reclamações ao serviço de atendimento ao cliente teriam sido capazes de resolver.

Desde o dia 23, a menina está internada na ECI (Enfermaria de Cuidados Intermediários). “Há três dias, o caso piora e não vem médico atendê-la. Não tem médico no período vespertino e à noite. Já na parte da manhã, a médica chega às 9h e não vem no leito ver o paciente”, afirma a mãe. Ela relata que outras acompanhantes de crianças precisaram “fazer barraco” e ” ir atrás do médico” para conseguir atendimento.

“Essas crianças ficam jogadas no quarto a Deus dará. Minha filha fica chorando o dia inteiro. Totalmente um descaso e minha filha precisa de atendimento”, desabafa a mãe da pequena de apenas 4 anos.

O que diz a Santa Casa?

“A Santa Casa de Campo Grande informa que, no que se refere aos atendimentos realizados no ECI (Enfermaria de Cuidados Intermediários ), há cobertura médica diária por profissional diarista, além da presença de médicos plantonistas nos turnos da tarde e da noite.

Em situações que demandam suporte adicional, o médico do Pronto-Socorro é prontamente acionado para atender às intercorrências.

Ressaltamos ainda que o serviço conta com o apoio contínuo de uma Equipe Multidisciplinar, garantindo assistência integral e qualificada aos pacientes”.