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Campo Grande,14/05/2025

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Morre Divaldo Franco, líder espírita e fundador da Mansão do Caminho, aos 98 anos


Morre Divaldo Franco, líder espírita e fundador da Mansão do Caminho, aos 98 anos

O Brasil se despediu nesta terça-feira (13) de um de seus maiores expoentes do espiritismo: o médium e líder religioso Divaldo Franco, que faleceu aos 98 anos. Considerado sucessor de Chico Xavier, Divaldo foi responsável por difundir a doutrina espírita em mais de 60 países, com mais de 12 mil conferências realizadas em cerca de 2 mil cidades brasileiras.

A causa da morte não foi divulgada oficialmente. Nos últimos anos, Divaldo vinha enfrentando problemas de saúde, incluindo um câncer de bexiga diagnosticado em novembro de 2024. Em 2023, já havia se afastado de diversas atividades públicas.

Fundador da Mansão do Caminho

Divaldo Franco fundou a Mansão do Caminho em 1952, em Salvador (BA), ao lado do amigo Nilson de Souza Pereira. A instituição filantrópica, localizada no bairro Pau da Lima, tornou-se uma das maiores do Brasil, oferecendo educação, saúde e acolhimento a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Ao longo dos anos, Divaldo adotou cerca de 600 crianças e hoje a instituição atende diariamente mais de 2 mil pessoas.

Trajetória marcada por espiritualidade e ação social

Nascido em Feira de Santana (BA), em 1927, Divaldo foi o caçula de uma família de 12 irmãos. Desde cedo relatava experiências mediúnicas. Tornou-se servidor público, mas foi no espiritismo que encontrou sua missão de vida. Em 1947, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção e iniciou sua jornada pública como médium e conferencista.

Divaldo psicografou mais de 200 livros, muitos deles ditados por sua mentora espiritual, Joanna de Ângelis. Seus títulos venderam mais de 7 milhões de exemplares e foram traduzidos para diversos idiomas. Entre as principais obras está a Série Psicológica, que une espiritualidade e psicologia.

Reconhecimento e polêmicas

Divaldo foi amplamente reconhecido por sua obra religiosa e humanitária. Seu trabalho foi retratado no filme “Divaldo – O Mensageiro da Paz” (2019), com direção de Clovis Mello. Em 2023, no entanto, gerou polêmica ao fazer declarações em defesa de manifestantes presos nos atos de 8 de janeiro, o que provocou críticas dentro do meio espírita progressista.

Apesar das divergências políticas recentes, sua trajetória é celebrada como exemplo de caridade, espiritualidade e compromisso com os mais vulneráveis.

Legado e despedida

A morte de Divaldo Franco representa o fim de uma era na doutrina espírita no Brasil. Seu legado ultrapassa o campo religioso, deixando marcas profundas na assistência social, na educação e na formação moral de milhares de brasileiros. A Mansão do Caminho segue como símbolo de sua missão.




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